Enquanto a chuva cai, ela vai. Parecia que não tinha mundo atrás. Sem ter pra onde voltar. Nunca seria o mesmo, já sabia. Se o céu demonstrasse-se límpido e esclarecedor, eu teria desconfianças pois as tardes acabavam mal e os números eram irracionais. Tudo ruindo. Tudo parecendo querer escapulir, a cabeça sacudindo-se em frangalhos. Desfazendo-se, visão turva, tão confuso. As cores, só podia ser mentira, nem era outono, o que essas folhas fazem pelo chão. Asfalto molhado, negro. Eu descia e fazia as coisas parecerem fazer sentido, trabalho de sísifo demais pra mim, desculpe por não suportar. Enquanto a chuva vinha ela ia. E talvez não tenha sido culpa minha errar.
eu passei daqui. Sempre me assustou a fraqueza da linha. Sempre querendo preservá-la e agora estou em extinção aqui.
2 comentários:
timido. singelo e terno.
quase um suspiro.
e os erros sempre se evidenciam como grandes.
mania nossa.
não sei como você se esconde.
mas já que se esconde, é bom saber que gosta de Candy.
é foda.
é lindo.
é intenso.
e verdadeiro.
não imagino perfeição longe disso.
você imagina?
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