10.9.07

o pretérito mais que perfeito

na primeira vez que viajei com o fidel, um pra dois anos na época, tinha acabado de começar a andar e pronunciar algumas coisas incompreensíveis, levei ele e a silvinha na última praia do rio de janeiro. ia ser a primeira vez que os dois veriam o mar e sua força de ir e vir. mas tinha também um riozinho bem fraquinho que vinha da cachoeira e desaguava no mar, nele, enquanto eu e silvinha o segurávamos um de cada lado na demonstração mais paternal possível que ele podia confiar em nós, fazíamos um casal muito bonito, eu e a silvinha, bem novos, ainda inexperientes mas sabidos, fidel atravessa o riozinho e sente o frio e o fluxo contínuo que já existia antes dele e continuaria depois, sempre. a correnteza de um rio nunca acaba; num virtuosíssimo exemplo de otimismo que o fidel parecia, na sua sabedoria de saber a ciência da natureza, aprender naquele momento que eu e a silvinha o carregávamos tão protetores e orgulhosos.

2 comentários:

Ana M disse...

que bom voltou! vc me falta. bisou, honey-beibe...

Vinicius Buscacio disse...

ainda bem que o caderninho foi encontrado!