aquela peregrinação prometia um paraíso provisório, a própria busca era o achado; pelo caminho, torpes e nobres motivos iam sendo empilhados lado a lado no lixo da percepção. cacei motivos e caçoei dos traiçoeiros, acreditava apenas em mim mesmo. tive tantos antes, me embriaguei tanto, que agora queria a carestia, o domínio do fogo. fui buscar a calma na tormenta, em que outro lugar conseguiria ajustar esta fadiga? nenhum encontro foi marcado, todas as horas esforçavam-se em passar muito lentamente e pensei que desafiando o tempo, conseguiria desposá-lo. o erro não estava em mim ou no tempo, talvez na explosão inicial que pôs tudo a girar incessantemente. mas o atestado de culpa carregava tatuado no corpo.
15.3.07
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Um comentário:
Caeiro, muito obrigado pela visita e pelos comentário. Havia me esquecido da negociação que é necessária para a libertação de um refém. Afinal, no final das contas, somos nossos próprios algozes. Com culpas tatuadas e tudo mais. Os três blogs onde você divide sua prosa são incríveis tb. Parabéns, rapaz.
Abraços,
K.
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