16.3.07

eu sou meu próprio vírus de estimação, não preciso de hospedeiro pra viver.

não tinha balança que equilibrasse os pesos, pendiam pelas bordas e escapavam a qualquer sistematização. a maré violenta de acontecimentos agora era a norma e ali me sentia muito bem. prestes a estourar, uma dor bem particular, minha cabeça vivia a me pregar peças. tempestades irrompiam violentamente em meus planaltos, calmarias transtornavam minhas planícies, era um acidente geográfico acontecendo. não pouparia nada pelo caminho, avalanche incendiária, represa rompida, promessa de destruição. um perigo iminente minha presença, um risco que se aceita por ser irremediável. impus minha condição ao que parecia incondicional, me tornei meu acidente de estimação.

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