11.12.07

love, you should've come over

Este ar irrespirável ia me tirando a urgência dos meus passos, quanto tempo eles serviram para me levar até você? Poluição visual nenhuma me tira o encanto da beleza de seu rosto, você nunca soube o que te dizia baixinho enquanto dormia. Quantas toneladas de sinceridade iam soterrando o seu sono mais tranqüilo e você a me cobrar mentiras e frases de novelas. Uma muralha agora divide a boa intenção dos atos, eles nunca se encontram. Aquela minha solidão de espécie da qual você sempre reclamava, a minha resistência em banalizar o que eu tinha, tornou-se uma regra intransigente e irreversível. Agora escavo com minhas próprias mãos túneis que me sirvam de saída de mim mesmo e os meus dedos ensangüentados já não resistem à extenuante tarefa.

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