16.4.07

desvio de rota.

parado no mesmo lugar, admitia a derrota olhando nos olhos do algoz: a vitória possível. ameaças de hecatombe desfigurando a paz mais promissora, riscos calculados e cultivados com afinco. sim, sim, ainda tenho vertigens à beira de meus abismos, ainda vislumbro o pessimismo possível, mas agora já mais sereno. mudança lenta e imperceptível. jardim lento e fulgáz. parado no mesmo lugar, já posso dizer ao horizonte: vamos em frente.
e o mundo, prometendo apocalipses definitivos que nunca aconteciam, ia, de certo modo, encorajando meu desvio de rota.

Um comentário:

Ana M disse...

é como se narrasse a ante-sala do arrebatamento. encorajador. salve, os desvios de rota! dá vontade de pular...