9.11.07

uroboros

juntei as duas pontas. o que encontrei era o que se escondia.
pioneiro, me chamaram. eu sabia das limitações impostas por aquela liberdade intransitável.
não ter alguém, não querer alguém e não ficar só no que movia noites insones.
muita droga, muita angústia. meu nome às vezes me escapava.
chamavam-me professor. em minha queda, vertiginosa, lagos amontoados de corpos insepultos.
chamei de derrota a vitória mais plausível: não me vender por qualquer ninharia.
anestesiado por dores incontroláveis. meu nome era dor auto imposta.

Um comentário:

moriarty disse...

Seus retratos do cotidiano são muito bons.